A história de Alexandre III da Macedônia, mais conhecido como “Alexandre, O Grande”, é amplamente conhecida por seu legado como um dos maiores estrategistas militares da história. Mas enquanto as respostas para “quando” e “por que” ele recebeu tal epíteto são bem documentadas, a pergunta sobre “onde” ele se tornou “O Grande” foi respondida apenas recentemente.
A origem do epíteto “O Grande”

O título “O Grande” foi oficialmente registrado pela primeira vez no início do segundo século d.C. por Plutarco. Em latim, o termo é conhecido como “Alexandri Magni”, que originou a versão “Alexandre Magno”. Curiosamente, Alexandre recebeu esse epíteto mais de 100 anos após sua morte, influenciando gerações posteriores de líderes romanos que buscaram emular seu sucesso.
Mas o que exatamente fez Alexandre merecer tal título? Os historiadores concordam que sua fama se deve à sua genialidade militar e ao fato de jamais ter perdido uma batalha, mesmo enfrentando exércitos numericamente superiores.
A sescoberta do local da batalha do Grânico

Um marco crucial para a ascensão de Alexandre foi a Batalha do Grânico, ocorrida em 334 a.C. Durante este confronto, suas forças derrotaram o Primeiro Império Persa, consolidando o primeiro grande triunfo do rei macedônio contra os persas e abrindo caminho para suas futuras conquistas. Porém, a localização exata da batalha permaneceu um mistério até recentemente.
Graças aos esforços de uma equipe liderada pelo professor Revhan Körpe, da Universidade Çanakkale Onsekiz Mart, este mistério foi solucionado. A equipe faz parte do projeto “Rota Cultural de Alexandre, O Grande” e realizou pesquisas detalhadas que identificaram o local da batalha nas margens do rio Grânico, próximo à cidade de Biga, no noroeste da Turquia.
A importância da batalha

A batalha ocorreu em uma colina ao leste de um mangue, que os pesquisadores conseguiram identificar através de análises geomorfológicas e descrições históricas. Durante a investigação, também foram encontrados vestígios da antiga cidade de Hermaion, onde Alexandre teria acampado antes do confronto.
O professor Körpe explicou: “Mapeamos a rota exata do trajeto de Alexandre, que começou na vila de Özbek, cruzando a cidade de Umurbey até chegar à Planície de Biga”. Este evento não apenas marcou o início de sua expansão territorial pela Grécia e Oriente Médio, mas também consolidou sua reputação como um conquistador imbatível.
O legado de Alexandre, O Grande

Após a Batalha do Grânico, Alexandre continuou sua campanha, tornando-se rei da Pérsia, faraó do Egito e governante de um dos maiores impérios do mundo antigo. Apesar de ser admirado no Ocidente, sua reputação era diferente na Pérsia, onde era conhecido como “O Amaldiçoado” devido à destruição de templos zoroastristas.
Além de suas conquistas militares, Alexandre fundou mais de 20 cidades, sendo Alexandria, no Egito, a mais famosa. Contudo, uma das mais interessantes é Bucéfala, nomeada em homenagem ao seu cavalo.
O legado de Alexandre permanece vivo, tanto por suas conquistas quanto pela influência cultural que moldou o mundo antigo e inspirou gerações posteriores.