O que é o real digital (Drex)?

O que é o real digital (Drex)?

O Digital Real X, conhecido como Drex, é a futura moeda digital brasileira, desenvolvida e regulamentada pelo Banco Central do Brasil. O Drex será uma versão digital do real brasileiro, permitindo a movimentação de recursos que não existem fisicamente. Essa iniciativa visa reduzir custos associados à emissão de moeda e facilitar a implementação de tecnologias como contratos inteligentes.

A expectativa é que o Drex seja lançado para toda a população em 2025, após a conclusão dos testes piloto iniciados em 2023. Segundo o Banco Central, o Drex será lastreado pela moeda física e terá o mesmo valor do real convencional, diferenciando-se de criptomoedas como o Bitcoin.


História e desenvolvimento

A ideia do Drex surgiu em agosto de 2020, quando o Banco Central anunciou um grupo de estudos para explorar a emissão de uma moeda digital equivalente ao real. Em maio de 2021, diretrizes tecnológicas, legais e operacionais foram definidas para estruturar essa moeda, que será distribuída à população por meio de bancos e instituições de pagamento.

Em 7 de agosto de 2023, o nome oficial “Drex” foi anunciado, representando a abreviação de “Digital Real X”.


Contratos inteligentes

A programabilidade do Drex permite a criação de contratos inteligentes, que automatizam transações financeiras com base em condições predefinidas. Um exemplo seria a venda de um carro usado, onde o pagamento só é efetivado após a transferência de propriedade do veículo.

Essa funcionalidade também é aplicável a empréstimos, permitindo cobranças automáticas de parcelas diretamente das carteiras digitais dos devedores.


Tokenização

A tokenização no Drex possibilitará a representação digital de ativos como moedas, títulos, propriedades e commodities. Essa inovação promete aumentar a eficiência e segurança nas transações financeiras.


Benefícios e impactos

  • Rapidez nos pagamentos: As transações com o Drex serão confirmadas em segundos, eliminando intermediários e acelerando processos financeiros.
  • Transações internacionais: O Drex facilitará pagamentos internacionais, permitindo transferências rápidas e seguras.
  • Prevenção contra fraudes: Graças à tecnologia blockchain, o Drex oferecerá maior segurança em transações digitais, reduzindo riscos de fraudes e permitindo a reversão de transações fraudulentas enquanto os valores estiverem na forma digital.
  • Redução de custos: A digitalização da moeda economizará recursos públicos, reduzindo os custos de produção e distribuição de dinheiro físico.
  • Inovações tecnológicas: O Drex incentivará o surgimento de novas soluções financeiras, beneficiando um maior número de cidadãos.
  • Inclusão financeira: A moeda digital promoverá maior controle financeiro e facilitará investimentos em projetos comunitários.

Riscos

Embora promissor, o Drex apresenta desafios como:

  • Centralização: O controle pelo Banco Central pode concentrar poder e tornar o sistema mais vulnerável a ataques cibernéticos.
  • Privacidade: Todas as transações serão rastreáveis, levantando preocupações sobre vigilância governamental.
  • Congelamento de saldos: O Banco Central poderá congelar ou confiscar valores em casos específicos, aumentando o risco de interferência financeira.

Conclusão

O Drex representa um marco no avanço tecnológico e financeiro do Brasil, prometendo maior eficiência, segurança e inclusão no sistema financeiro. Contudo, é essencial que os riscos associados sejam geridos para garantir que a inovação beneficie a sociedade como um todo.

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